Tradição - junho / 2004
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Murilo Oliveira
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Narrador de Rodeio

Danças Tradicionais
Origens do Chimarrão
Calendário 2004

De São José/SC para Ariquemes/RO

No ultimo dia 1º, se despediram dos amigos catarinenses três dos maiores laçadores do Estado e do País. Ari Corrêa, Benício Warmiling e Aldori Santos. Grandes laçadores e campeões de Rodeios nacionais e internacionais, os mesmos foram contratados para representar a Cabanha Recreio, de propriedade do pecuarista Márcio Catâneo, da cidade de Ariquemes, no estado de Rondônia, que fica há aproximadamente 3.800 km de distância de São José.
Os laçadores fecharam um contrato inicial de cinco meses, com todas as despesas livres, inclusive salário fixo por mês e parte das premiações conquistadas.
Na semana passada, falei com o Benício por telefone, ele me disse que, tirando a saudade da família e dos amigos, o resto e só alegria. Fica se divertindo o dia todo na fazenda e laça até tarde da noite com o Aldori. Já o Ari, quando não está chorando com saudade dos filhos e dos netos, está curtindo umas lidas no campo. No primeiro final de semana de Rodeio, o Benício venceu uma raspadinha e levou o 2o lugar do individual, que tinha como prêmio R$ 2.000,00.
Aos três laçadores desejamos toda a sorte e sucesso nessa caminhada em suas vidas, e logo pretendemos nos encontrar, no final do mês de julho, na cidade de Amambaí/MS, na Festa Internacional do Laço Comprido.

Títulos de grande expressão:

ARI CORRÊA
=> Recordista de armadas do Rodeio de Vacaria com 82 armadas em 2000;
=> Campeão do laço dupla do 1o Rodeio de Ouro (Carro 0km) em 2003;
BENÍCIO
=> Campeão do laço dupla do 7o Rodeio Internacional dos Praianos (Carro 0km) em 2003.
=> Braço de Ouro do 1o Rodeio de Ouro com 50 armadas em 2003.
ALDORI SANTOS
=> Braço de ouro do Brasil em 1993.
=> Bi-Campeão internacional do Rodeio de Vacaria em 1998 e 2000.

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Danças Tradicionais

As principais danças tradicionais recolhidas pelos pesquisadores são as seguintes:

Anu - Dança típica de fandango, foi muito dançada em meados do século XIX. Posteriormente recebeu a influência das danças platinas, sob comando. É legítima dança de pares soltos, porém não independentes.
Balaio - Dança bem brasileira, nascida no Nordeste, com feição dos velhos lundus, onde também teve origem o baião. O nome origina-se do aspecto de balaio que as moças formam com suas saias. É uma dança sapateada e de conjunto.
Cana Verde - Procede de Portugal e é dançada em vários estados do Brasil, adquirindo as cores locais da região.
Caranguejo - Há referências sobre esta dança em todo o Brasil desde o século XIX. É uma dança grave, de pares dependentes, lembrando bastante o minueto.
Chimarrita - Veio com os açorianos e se moldou nos estados do Sul e inclusive na Argentina.
Chimarrita Balão - Pode ser uma variação do "balão" dançado em Portugal ou do "balão faceiro", dançado no Brasil, porém muito diferente da Chimarrita. É conhecida apenas no Litoral e no Planalto Norte do Rio Grande do Sul.
Chula - Por falta de mulheres nos pousos de tropas e de guerra, o homem aprendeu a dançar sapateados sozinho. No interior de São Paulo, nas áreas visitadas por tropeiros se dança o catira e o cateretê, de onde deriva a chula e o malambo dançados no Sul do Brasil e no Uruguai.
Dança dos Facões - Dança masculina de esgrima, na qual se usam facões, espadas ou adagas, são conhecidas na Ásia, na Europa Oriental e na África muçulmana, como treino e lazer em áreas de grande concentração masculina. Cada dançarino com dois facões afiados, valendo a destreza, a acuidade e os reflexos rápidos.
Maçanico - Dança catarinense, das lagoas do Imaruí, nasceu para homenagear a batuíra, pesca-em-pé, ou maçarico, pássaro migratório que passa os verões no Sul do Brasil. Sua corridinha para lá e para cá, à beira da lagoa, tentando pescar, inspirou alguns passos da dança.
Pau-de-fitas - Esta é uma dança universal, possivelmente como um culto solene à árvore, presente em todo o globo.
Pezinho - É uma das mais simples e mais belas danças tradicionais, originária de Portugal e de Açores e muito popular no Sul do Brasil.
Rancheira de Carreirinha - É uma variante de rancheira, dançada grupalmente.
Ratoeira - Dança de roda, aparentando uma ciranda, própria dos açorianos catarinenses.
Rilo - Juntamente com as country dance (contradança), Paris importou da Escócia um reel em formação de roda, utilizando a figura do 8. Nos salões brasileiros, em torno de 1850, era muito dançado, passando depois para a zona rural com o nome aportuguesado para "rilo".
Roseira - Também é uma dança açoriana resgatada para a atualidade.
Sarrabalho - Tem origem na Ibéria. Trata-se de um sapateado, em que os dançarinos vão castanholando com os dedos, em pares soltos, com o homem parecendo perseguir a mulher.
Tatu-com-volta-no-meio - Originalmente, o Tatu não tinha a "volta no meio". Consistia num sapateado de pares soltos sem maiores características. A volta no meio foi introduzida na metade do século XIX.
Tatu Novo - É uma dança riograndense, criada em 1954, para homenagear a Sociedad la Criolla, que visitava Porto Alegre. É um sapateado com a formação de círculos.
Tirana do Lenço - É uma dança espanhola difundida na América Latina. Afirma-se que nasceu em Madrid, em 1773, lançada pela cantora Maria Rosário Fernandez, esposa de um toureiro e ator conhecido por "El Tirano".
Xote-de-duas-damas - É uma bonita variante do xote, em que um peão dança com duas prendas, possivelmente reproduzindo o que acontecia na Alemanha. Na Argentina se dança o palito do mesmo modo. Em São Paulo, na década de 1920, dançou-se um xote militar com duas damas. Diz-se que teve origem num momento em que por causa das guerras haviam poucos rapazes nos bailes.
Xote Carreirinha - É uma variante do xote, caracterizado por uma corridinha dos pares numa mesma direção. Corresponde à dança que os colonos alemães chamam de ritsch-polka.
Xote Inglês - Dança de salão difundida nas cidades brasileiras no final do século XIX, por influência da cultura inglesa. Começou pelos centros urbanos, executado ao piano e ganhou o interior já executado na gaita.
Fonte: Movimento Tradicionalista Gaúcho do Estado de Santa Catarina

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Origens do Chimarrão

Mate amargo (sem açúcar) que se toma numa cuia de porongo por uma bomba de metal. Atribuem-se ao chimarrão propriedades desintoxicantes, particularmente eficazes numa alimentação rica em carnes.
A tradição do chimarrão é antiga. Soldados espanhóis aportaram em Cuba, foram ao México "capturar" os conhecimentos das civilizações Maia e Azteca, e em 1536 chegaram à foz do Rio Paraguay. No local, impressionados com a fertilidade da terra às margens do rio, fundaram a primeira cidade da América Latina, Assunción del Paraguay.
Os desbravadores, nômades por natureza, com saudades de casa e longe de suas mulheres, estavam acostumados a grandes "borracheras" - porres memoráveis que muitas vezes duravam a noite toda.
No dia seguinte, acordavam com uma ressaca proporcional. Os soldados observaram que tomando o estranho chá de ervas utilizado pelos índios Guarany, o dia seguinte ficava bem melhor e a ressaca sumia por completo. Assim, o chimarrão começou a ser transportado pelo Rio Grande na garupa dos soldados espanhóis.
As margens do Rio Paraguay guardavam uma floresta de taquaras, que eram cortadas pelos soldados na forma de copo. A bomba de chimarrão que se conhece hoje também era feita com um pequeno cano dessas taquaras, com alguns furos na parte inferior e aberta em cima. O comerciante Rômulo Antônio, dono da Casa do Chimarrão, em Passo Fundo, há mais de 20 anos, explica que os paraguaios tomam chimarrão em qualquer tipo de cuia. "Até em copo de geléia", diz. São os únicos que também têm por tradição tomar o chimarrão frio... O "tererê" paraguaio pode ser tomado com gelo e limão, ou utilizando suco de laranja e limonada no lugar da água.
Antônio explica outras diferenças. Na Argentina e no Uruguai a erva é triturada, ao contrário do Brasil, onde é socada.
Nos países do Prata, a erva é mais forte, amarga, recomendada para quem sofre de problemas no fígado.

Curtindo a cuia /Cevando o Mate

Antes de tu ires mateando, tens que dar um trato na cuia. Seguem abaixo orientações para isso:

Curte uma cuia enchendo-a de erva-mate pura ou misturada com cinza vegetal e água quente. Este pirão deve permanecer por dois ou três dias, sempre úmido, para que fique bem curtida, impregnando o gosto da erva em suas paredes. A Cinza é para dar maior resistência ao porongo.
Passando o tempo determinado, retira-se a erva-mate da cuia, raspando com uma colher, para eliminar alguns baraços que tenham ficado.
Enxágua-se com água quente e estará curada ou curtida, pronta para entrar em uso. O mate ou cuia se cura cevando, isto é, à medida que vai sendo usada vai dando melhores mates.
Fonte: Movimento Tradicionalista Gaúcho do Estado de Santa Catarina

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Origens do Chimarrão

Calendário 2004
Junho/Julho
Rodeios e Festas

25 a 27/06 => Rodeio Crioulo e Festa do Frescal CTG Boca da Serra – Santo Amaro da Imperatriz
25 a 27/06 => 6o Rodeio Crioulo CTG Entre Amigos – Siderópolis
03 e 04/07 => Festa Campeira CTG Fogão de Lenha – Tijucas
09 a 11/07 => Festa Campeira CTG Sopro do Minuano – Canelinha
09 a 11/07 => Torneio de Laço CTG Mala de Garupa – Brusque
09 a 11/07 => 3o Rodeio Crioulo Nacional CTG Tio Milo – Cocal do Sul
10 e 11/07 => Festa do Tropeiro CTG Laço Velho da Saudade – Rancho Queimado
23 a 25/07 => 8o Congresso Tradicionalista Barriga Verde – Chapecó

Obs. O jornal não se responsabiliza por eventuais mudanças de data.

 

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