Especial - dezembro / 2001

 

Natal - Tempo de Paz, Reflexões e Tradições

O Natal traz consigo uma enorme quantidade de sentimentos que só afloram com o chamado "Espírito Natalino" que toca o coração de muita gente. Durante todo o mês de dezembro estes sentimentos trazem consigo uma porção de costumes e tradições, fazendo com que o Natal seja a época mais colorida e festiva do ano. Provavelmente o mais difundido costume seja a troca de presentes, freqüentemente associada com a figura de Papai Noel. Outros costumes são a árvore de natal, as luzes, a troca de cartões, boa e farta mesa de comidas e bebidas, canções natalinas, entre outras. O "Oi" traz, neste mês especial, um pouco do significado de algumas dessas tradições. Confira:

Natal (Religião)
Os cristãos substituíram a antiga festa romana do solstício de inverno pela do Natal, de arraigada tradição familiar e associada à festa do Ano Novo.
O festa cristã do Natal é celebrada há muitos séculos no dia 25 de dezembro, em comemoração ao nascimento de Jesus Cristo.
No ano 245, o teólogo Orígenes repudiava a idéia de se festejar o nascimento de Cristo "como se fosse ele um faraó". De acordo com um almanaque romano, a festa já era celebrada em Roma no ano 336. Na parte oriental do Império Romano, comemorava-se em 6 de janeiro tanto o nascimento de Cristo quanto seu batismo. No século IV as igrejas orientais passaram a adotar o dia 25 de dezembro para o Natal, e o dia 6 de janeiro para a Epifania ("manifestação"). No Ocidente, comemora-se nesse dia a visita dos Reis Magos.
A festa do Natal foi instituída oficialmente pelo bispo romano Libério no ano 354. Na verdade, a data de 25 de dezembro não se deve a um estrito aniversário cronológico, mas sim à substituição, com motivos cristãos, das antigas festas pagãs. A razão provável da adoção do dia 25 de dezembro é que os primeiros cristãos desejaram que a data coincidisse com a festa pagã dos romanos dedicada "ao nascimento do sol inconquistado", que comemorava o solstício do inverno. No mundo romano, a Saturnália, comemorada em 17 de dezembro, era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus iraniano Mitra, o Sol da Virtude. No Ano Novo romano, comemorado em 1º de janeiro, havia o hábito de enfeitar as casas com folhagens e dar presentes às crianças e aos pobres. Acrescentaram-se a esses costumes os ritos natalinos germânicos e célticos.
A árvore de Natal
A tradição da árvore de Natal surgiu na Alemanha, no século XVI. As famílias germânicas enfeitavam suas árvores com papel colorido, frutas e doces. Somente no século XIX, com a vinda dos imigrantes à América, é que o costume espalhou-se pelo mundo.
Missa do Galo
A Missa do Galo, também conhecida por Missa da Meia Noite, celebra-se devido ao fato de a tradição dizer que Jesus nasceu à meia-noite. Para os católicos Romanos, este costume de assistir a esta Missa começou no ano 400. Nos países latinos, esta missa é chamada Missa do Galo, porque, segundo a lenda, a única vez que um galo cantou à meia noite foi na noite em que Jesus nasceu.
Outra lenda muito antiga diz que, antes de baterem as doze badaladas da meia-noite do dia 24 de Dezembro, cada lavrador da província espanhola de Toledo matava um galo em memória daquele que cantou três vezes quando Pedro negou Jesus, por altura da Sua morte. Depois a ave era levada para a igreja, a fim de ser oferecida aos pobres que, assim, podiam ver melhorado o seu almoço de Natal.
Papai Noel
A lenda do Papai Noel já é muito antiga.
Começou nos países nórdicos onde uma pessoa se vestia de "Inverno" (com peles) e visitava as casas para oferecer comidas e bebidas, porque achavam que assim a sorte abençoava a casa.
Depois disto associou-se o Papai Noel (velho, gordo, alegre) à figura de São Nicolau. São Nicolau era um bispo turco que ajudou pobres e crianças dando-lhes presentes e dinheiro, e assim nasceu a lenda de que São Nicolau oferecia presentes às crianças no dia 6 de Dezembro.
Só no século XIX é que um norte-americano descreveu em pormenor a figura do Papai Noel, sendo ele gordinho, velhote e alegre e que se deslocava de trenó com oito renas entrando pelas chaminés para oferecer presentes.
Só nos anos 30 do século XX é que a figura do Papai Noel se tornou como hoje é conhecida. Isto aconteceu porque a Coca Cola criou um homem de barba, gordo, etc., que era a sua imagem de marca do inverno que ficou para sempre associado ao Papai Noel. E, a partir daí, o Papai Noel começou a "vestir-se" de vermelho e branco, que são as cores da Coca Cola.

Presépio
O primeiro presépio foi feito na Igreja de Santa Maria em Roma. Rapidamente este costume foi adotado por outras igrejas. Foi São Francisco de Assis (1181-1226), porém, o primeiro a representá-lo como a Bíblia descreve. Uma gruta, a manjedoura, animais e figuras esculpidas. Esta representação ganhou raízes e tornou-se popular em todo o mundo cristão.

Presentes
O ato de trocar presentes é o mais antigo de todos os costumes do solstício do Inverno, que originou o Natal. As suas origens remotas podem ser seguidas até à Idade da Pedra Polida, há cerca de 10 mil anos, quando os seres humanos começaram a substituir a caça pela agricultura. O aparecimento da agricultura fez surgir também, pela primeira vez, um excedente de comida, o que tornou possível guardar alimentos que ajudariam as pessoas durante os meses duros do Inverno. Após terem passado os meses mais difíceis, a Primavera era celebrada com uma grande festa, onde cada agricultor trazia os seus alimentos "extras" e preparava-se uma troca de alimentos. Desta maneira todos podiam gozar de uma rica variedade de pratos.
Esta troca de comida foi o costume original da troca de presentes no solstício do Inverno e transformou-se no núcleo central das festividades. Ao longo dos séculos, a gama de presentes aumentou, passando a incluir outras coisas além da comida. Na Roma antiga, a cerimônia da entrega de presentes tornou-se altamente elaborada e atraiu muitas superstições. Com a chegada da era cristã, o ritual extremamente popular da oferta de presentes esteve para ser abolido, no entanto, o costume já estava enraizado no povo. A ofertade presentes de Natal simboliza a entrega de oferendas ao menino Jesus pelos Reis Magos, vindos do Oriente.
Sinos
Os antigos tinham a superstição de que o barulho de campainhas e sinos afastava os maus espíritos. Parte deste ritual manteve-se, no entanto o sentido com que os sinos tocam é diferente. O seu toque no Natal simboliza alegria e júbilo pelo nascimento de Jesus Cristo.
Guirlandas
É costume pendurar no lado de fora da porta uma guirlanda durante os dias que antecedem o Natal. Este costume é mais popular nos Estados Unidos, mas espalhou-se para o resto do mundo.
O uso de guirlandas remonta à Roma antiga e significa um pedido para que todos os moradores da casa tenham saúde no ano seguinte. Atualmente, as pessoas compram as guirlandas e as penduram na porta da frente, mas, se desejassem seguir a tradição romana, só deveriam pendurar as guirlandas que tivessem sido presenteadas por outras pessoas.
Pendurar meias sobre a lareira
Conta a lenda que o Papai Noel original deixou seus primeiros presentes, moedas de ouro, nas meias de três meninas pobres que precisavam de dinheiro. Elas haviam pendurado as peças sobre a lareira para que o calor do fogo as secasse. Há cerca de 50 anos, nos países do hemisfério Norte, era tradição que as meias penduradas fossem encontradas na manhã de Natal cheias de frutas e doces.

Frutos Secos
A apresentação de uma grande variedade de frutos secos no Natal é mais do que uma questão gastronômica.
Os frutos secos têm uma ligação muito forte e particular com o solstício do Inverno. Na antiga Roma, eram um presente habitual durante as celebrações, especialmente apreciados pelas crianças, que os valorizavam quer como brinquedos quer como comida.
Entre as classes sociais mais elevadas, os frutos secos tornavam-se mais especiais por serem cobertos de ouro, e estes frutos secos dourados serviam como presentes, ou como decorações.
Para os romanos, cada tipo de fruto seco tinha um significado especial. As avelãs evitavam a fome, as nozes relacionavam-se com a abundância e prosperidade, as amêndoas protegiam as pessoas dos efeitos da bebida.

Toda a magia de Papai Noel e do Natal enchem as vitrines do comércio josefense.

 

Luzes, muitas luzes para anunciar a época natalina.

 
A Igreja Matriz também compõem o cenário natalino do Centro Histórico do Município.


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