São José, Santa Catarina, Brasil
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Edição Novembro | 2010
Ano XVI - N° 174
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Os novos velhos

Há um mercado crescente no Brasil que deve ser olhado do ponto de vista dos empresários e do gestor público. Trata-se do mercado formado por pessoas com mais de 60 anos que trabalham ativamente ou aposentados e que impactam a economia.
O mundo está mudando e aqui no Brasil não é diferente. O brasileiro está vivendo mais e melhor do que antigamente, embora ainda falte muito para que todos tenham uma vida digna. Quando era criança, idoso para mim era alguém que tinha 40 anos. Hoje, a expectativa de vida do brasileiro, segundo o IBGE, é de 73 anos. Idoso, de acordo com nossa legislação, é quem tem mais de 60 anos, ou seja, em SC cerca de 600 mil pessoas. Tem gente com mais de 60 anos que se sente constrangido de entrar em uma fila preferencial no banco ou supermercado, pois é plenamente capaz de esperar para ser atendido, em igualdade de condições com quem é mais novo. Sinal dos tempos.
Apenas para que se tenha uma ideia, há cerca de 126 mil servidores públicos do Estado de SC, gente que, na ativa ou aposentado possui uma renda média por volta de R$ 3 mil. Portanto, são pessoas que se enquadram na classe média, embora a grande maioria do povo catarinense seja aposentada pelo INSS e receba muito menos. É gente que consome, investe, ainda trabalha, ou está aposentada, ou ambas as coisas e que ajuda a movimentar a roda da economia.
Para os empresários de visão, esse é um público que tanto pode ser contratado para contribuir com experiência e paciência e atender certos segmentos do mercado, como pode ser encarado como público alvo dos produtos e serviços empresariais.
Fala-se muito a respeito de uma possível reforma previdenciária, mas é difícil adivinhar o futuro. Contudo, contra números e tendências não se pode contestar. Neste ano, o déficit previdenciário deve ficar em torno de R$ 45 bilhões. Dizem alguns que não existe déficit, e sim, falta de um bom gerenciamento público, pois o governo federal tem uma pesada folha de pagamentos e gasta muito com custeio.
Porém, a população brasileira está envelhecendo e com o aumento da expectativa de vida, daqui a pouco vai ser normal se chegar aos 100 anos com muita saúde. Problema para a gestão previdenciária. Como ocorre hoje na França, aqui no Brasil a reforma previdenciária, se realmente acontecer, poderá aumentar a idade mínima de aposentadoria e talvez terminar, no serviço público, com a aposentadoria obrigatória aos 70 anos. O argumento é que quanto mais gente trabalhar e contribuir para a previdência, maior a garantia para os que estão começando agora de que terão uma aposentadoria futura.
Embora a aposentadoria seja algo quase universal no Brasil, muita gente se aposenta e continua a trabalhar, pois a renda da aposentadoria fica muito aquém do padrão desejado de vida. Por isso, é importante fazer uma previdência privada, desde cedo, para que possa complementar no futuro a previdência do governo.
Mas, o que realmente importa é saber que ao contrário de antigamente, hoje o considerado idoso é muito diferente. É gente que faz festa, dança, diverte-se, passeia e namora. Vida é movimento. Por isso, se você pensa em se aposentar para "colocar o pijama", repense essa ideia. Se você pode aposentar-se, faça-o. Porém, é fundamental sentir-se útil e participativo para não cair em depressão e prejudicar sua tão esperada aposentadoria. Aposentar não deve significar parar. Continuar sempre, e socializar tudo que você aprendeu, enquanto durarem suas forças, é o grande segredo do universo.
(*) Doutor em Engenharia de Produção – pguilhon@hotmail.com

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